ARTE SACRA


Entrevista dada ao blog BANANAL ON LINE
 A bananalense Manuela Franco Rodrigues Goss, Conservadora e Restauradora de Bens Patrimoniais e Culturais, atendeu a um convite do blog e concedeu entrevista na última quarta-feira, o7 de março, para detalhar o importante trabalho desenvolvido no restauro de imagens e Igrejas de Bananal:

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SÃO JOSÉ DE BOTAS

Devoção e arte: imaginária religiosa em Minas Gerais

 Por Beatriz Coelho


SANTA CATARINA LABOURÉ


Ainda jovenzinha, Catarina Labouré, sonhou que se encontrava na capela de sua cidade natal, Fain-les-Moutiens, na Borgonha (França) e que um venerável sacerdote acabara de celebrar a missa. Quando descia ele os degraus do altar, de repente se deteve e, sorrindo, convidou a menina a aproximar-se; Catarina, estranhando o gesto, assustou-se e saiu da capela. Dirigiu-se, então, diretamente à casa de uma amiga enferma. Entrou no quarto desta e – ó surpresa! – novamente viu o mesmo ancião, o sacerdote de cabelos brancos, de pé, junto ao leito. Ele voltou a sorrir-lhe e, estendendo-lhe a mão, disse-lhe: “Filha minha, fazes bem em cuidar dos enfermos. Agora me evitas, mas dia virá em que te alegrarás de vir a mim. Deus tem desígnios a teu respeito. Não o esqueças!” E logo apareceu esfumar-se… Esse o sonho.
A jovem Catarina, ou Zoé, como era chamada familiarmente, nunca se esqueceu do sonho incompreensível. Mais tarde, quando em visita à Casa de Caridade de Paris, surpreendeu-se com um retrato suspenso à parede. E exclamou: “O mesmo sacerdote que vi em sonho”. E ficou sabendo, pelo Padre Prost, que o ancião dos seus sonhos era São Vicente de Paulo: “os mesmos olhos sorridentes, a mesma boca amável que lhe havia falado, o mesmo rosto coroado de cabelos brancos, cheio de bondosa compreensão, que ela havia contemplado em sonho…”